domingo, 7 de novembro de 2010

Contrato impertinentemente silencioso

Ousaria perder o bom senso por você. Fugir da realidade que assombra e das regras que cerram o ser humano. Eu te olharia por horas. Eu te ouviria e calaria. Saberia que seu sorriso é doce quando se formam covinhas. Pediria por seu toque mais vezes e transformaria meus dias pra poder ser com você.

Pensamentos avassalam. Escravizam. Retém a alma. Sem calma. Sem hora. Vivem do espanto, do riso, do talvez. O talvez se sentido. Ou com sentido de assombro. Olhei em seus olhos e me perdi de mim. Confusão. Sorri tentando parecer eu mesma. Mas já não era. Já havia me desfeito de mim. Apostei na indiferença. Fracasso. Me vi na simpatia. Sem sucesso. Não obstante, ri da condição e toquei sua mão. Você, tão duvidosamente, retribui. E num gesto mudo, o contrato: mesmo em inconstância, ali surgiu a desordem.

Você. Que descansa nas horas do meu dia.

4 comentários:

  1. vc sempre me arranca uma lágrima quase sem querer. Tem o dom de me emocionar para sempre. o que posso fazer? =|

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  2. Talvez me dizer quem é que se emociona... Já seria um começo! rsrsrs

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  3. Definitivamente, não é a mesma pessoa do estado de emergência. Meu estado por você sempre foi crônico... docemente crônico. =|

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  4. Postagens anônimas, por vezes, me angustiam... rs

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